Hoje trago para vocês um assunto de suma importância para todas as mamães de primeira viagem que acabaram de ter bebê e que ainda tem muitas dúvidas sobre amamentação. A amamentação ainda é a melhor alimentação para o seu bebê e por isso ela ainda é a melhor forma de alimentar o seu bebê nessa fase da vida de vocês. Pensando nisso, reuni algumas dicas da Doula e Consultora de Amamentação Luiza Zelesco da Coletiva de Doulas sobre Amamentação.
1. Preparação para amamentar: não é necessário nada além de vontade, informação e apoio. A natureza já faz o seu trabalho promovendo algumas modificações fisiológicas durante a gestação: Aréola mais escura; Pele mais elástica e flexível; e Glândulas de Montgomery (lubrificam a aréola)
2. Existem diversos tamanhos de mama, e diversos tipos de mamilos. Nenhuma dessas variações impede ou necessariamente dificulta a amamentação. Trata-se de um encaixe entre a boca do bebê e o mamilo da mãe, tão específico quanto cada dupla – e não é possível saber de antemão com que facilidade esse encaixe vai acontecer.
3. A produção de leite é sob demanda - o segredo é estímulo do bebê! Por isso (e por seu estômago pequenino) o recém-nascido vem tantas vezes ao seio. Lembrete: peito é fábrica, não estoque. Assim como as lágrimas, a produção se dá no momento do estímulo.
4. A Hora Dourada é a primeira hora de vida do recém-nascido. Amamentar dentro dessa janela de tempo é um grande facilitador para o estabelecimento da amamentação de forma mais tranquila e duradoura, além de ser um momento de vínculo da nova família que se inaugura naquele momento. Ter esta primeira hora toda respeitada ajuda o bebê a completar a sua transição para o mundo, favorecendo a regularização da sua respiração e dos seus batimentos cardíacos, e, de quebra, ainda o mantém aquecido no colo da mãe (contato pele-a-pele é a melhor coisa para este momento!). Tudo isso também traz enormes vantagens para a mãe, pois previne hemorragia pós-parto e facilita a saída da placenta.
5. O colostro (que sai antes da descida do leite, até por volta do terceiro ao quinto dia) é riquíssimo, e muito importante para o bebê. Trata-se de um líquido denso, amarelado, rico em proteínas, anticorpos e imunoglobulinas. É pouco volumoso, porém suficiente para o tamanho do estômago do bebê neste momento!
6. A apojadura é a inflamação das mamas que ocorre logo antes e durante a descida do leite. As mamas ficam duras e volumosas, inchadas, quentes e/ou vermelhas. Acontece a partir do 3º-5º dia pós parto, e pode vir acompanhada de febre. As medidas de alívio e conforto são:
Massagem local e ordenha manual (o leite/colostro ordenhado pode ser dado em colherinha pro bebê)Não oferecer o seio rígido para o bebê (antes, fazer ordenha de alívio);Amamentação em livre demanda;Antiinflmatório para dor (consulte seu médico);Repouso;Alternância de posições ao amamentar; Folhas de repolho verde para o inchaço;
7. Dicas de posicionamento para amamentar:
A barriga do bebê deve estar virada para a barriga da mãeA cabeça do bebê deve estar apoiada no antebraço ou suportada pelas mãos da mãeCabeça e tronco do bebê sempre alinhadosA mãe deve dar contenção ao corpo do bebêO mamilo da mãe deve ficar na altura do nariz do bebêConte com o uso de almofadas para delimitar o corpo do bebê e evitar reflexosPara a mãe: Coluna apoiada, ombros relaxados – use e abuse de almofadasPés plantados no chão ou em um banco baixoA mão da mãe dá sustentação à mama, sem apertar
A OMS recomenda o aleitamento exclusivo até os 6 meses de idade e, complementando, até 2 anos ou mais. O leite materno é suficiente e completo para o bebê, não sendo necessária a complementação com chá ou água.
